Mensagem do
Diretor do SIS

Bem-vindos

Portugal enfrenta novos e renovados desafios à segurança dos seus cidadãos, de todos os que residem em território nacional e à salvaguarda do Estado de Direito Democrático.

Em face dos conflitos que se mantêm na Ucrânia e no Médio Oriente, vivenciamos, hoje, um ambiente de economia de guerra e assistimos ao ressurgimento dos nacionalismos e dos extremismos na Europa e aos seus efeitos na opinião pública, incitada pelos mecanismos de desinformação.

Efetivamente, os sinais de turbulência têm-se feito sentir, de forma intensa, na realidade nacional com o nosso país a ser visado por ameaças às infraestruturas nacionais que atacam a integridade da informação classificada ou sensível através de ciberataques, sobrelevando o facto de Portugal ser membro da OTAN e da União Europeia.

É assim que, à semelhança do que se passa noutros países, verificamos que a facilidade de anonimato que o ciberespaço permite constitui um terreno fértil para ações maliciosas a diversos níveis, criando a sensação de impunidade para a atuação de novos atores de ameaça.

Mantém-se também ativa a ameaça que é a integração de capitais com origem ilícita no espaço económico e financeiro nacional, sobretudo em setores potenciadores do crescimento económico, o que constitui um sério risco à segurança dos agentes económicos, à estabilidade dos mercados e aos interesses nacionais.

É neste quadro complexo, que combina um ambiente geoestratégico instável e imprevisível, de confronto geopolítico e económico, que o SIS desempenha um papel preponderante e exclusivo na compreensão e na antecipação de ameaças, agentes, capacidades e intenções, de forma a informar, tempestivamente, o decisor político, de eventuais cenários disruptivos que ameacem a segurança interna e os interesses nacionais.

É inegável que o sucesso das políticas públicas de segurança depende da qualidade do diagnóstico e da sensibilização para as potenciais ameaças, papel que compete ao SIS e que este exerce com a sua VISÃO DE ANTECIPAÇÃO, missão e razão da sua existência, ser um Serviço de Informações de Segurança presente na decisão e presente na segurança interna.

Lisboa, 20 novembro de 2024.

Adélio Neiva da Cruz